segunda-feira, 2 de maio de 2011

Novos santos na Igreja


A cultura deturpada que há centenas de anos tem sido propagada através da igreja católica sobre santidade, parece que ultimamente vem se tornando mais enfática; ainda que, infelizmente, se  contraponha ao verdadeiro sentido  bíblico e teológico do autêntico conceito da palavra “santo”.
A visão que se propaga atualmente sobre a definição de “santo”, se baseia em pessoas que viveram exemplarmente, servindo à igreja, fazendo o bem, sofrendo açoites, agindo heróicamente, rezando horas a fio, vivendo enclausuradas e até realizando “milagres”.
Ainda que todas essas e outras virtudes mereçam elogios e reconhecimentos, os mesmos não fazem de nenhum ser humano um “santo”, como insiste a igreja em proclamar. Hoje parece que existe uma  filosofia de se fabricar “santos”, para serem cultuados, venerados, idolatrados, etc, sendo intercessores diante de Deus, em favor dos miseráveis pecadores desta geração.
Na Bíblia Sagrada, tanto no Velho como em o Novo Testamente, encontramos as palavras originais que são traduzidas para “santo”.  No hebraico, encontramos: qadosh, qodesh e qaddiysh. Estas palavras também são usadas como referência aos que foram separados e são consagrados para o louvor de Deus. Em O Novo Testamento, encontramos a palavra grega “hagios”, cujo sentido significa aquele que não se deixa contaminar pelo pecado e vive para a glória de Deus.
Em síntese, o Vaticano tem informado que hoje existem cerca de 10  mil “santos”, sendo que centenas desses  foram oficialmente canonizados pelos últimos papas, depois de um processo de cinco anos após as suas mortes e comprovação de pelo menos um milagre; estes são diferentes de outros que foram reconhecidos como “beatos”, também após à morte, e podem ser apenas venerados pelos fiéis.
O fato é que em toda a Bíblia, não existe nenhuma referência que favoreça relacionar o termo “santo” às idéias de canonização ou beatificação,  como também  a Bíblia não autoriza e nem ensina a prática de suplicar a qualquer pessoa a ser colocada intermediando o relacionamento com o Deus, a não ser o Senhor Jesus Cristo, conforme enfatizou o Apóstolo Paulo na sua primeira carta à Timóteo, capítulo 2, verso 5, que acentua: “Porque há um só Deuse um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem.”
Pr. Vitor Hugo Mendes de Sá
Pastor da Primeira Igreja Batista do Pará
Colaborador deste Portal

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